A cruz plantada no solo, além de nos convidar a nos enraizarmos bem, ergue e estende os seus braços a todos
[Eduardo Honorato Paulo, 12/09/2021 – Redação CatolicaWeb] Em sua visita a Budapeste na Hungria, por ocasião da 52º Congresso Eucarístico Internacional, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus após a celebração da Missa de encerramento neste domingo dia 12 de setembro.
O Santo Padre saudou o povo húngaro, lembrando que Eucaristia é ação de graças:
Eucaristia significa «ação de graças» e, no final desta Celebração que encerra o Congresso Eucarístico Internacional e a minha visita a Budapeste, gostaria de dar graças com todo o coração. Obrigado à grande família cristã húngara, que desejo abraçar nos seus ritos, na sua história, nos irmãos e irmãs católicos e de outras Confissões, todos a caminho rumo à plena unidade.
Francisco também saudou o Patriarca Bartolomeu I, bem como as demais autoridades presentes, lembrando a força e a importância do sinal da cruz na vida do cristão e a esperança que ele deve simbolizar:
O hino do Congresso refere-se a vocês nestes termos: «Durante mil anos, a cruz foi a coluna da sua salvação; também agora que o sinal de Cristo seja para vocês a promessa de um futuro melhor». É isso que eu lhes desejo: que a cruz seja a sua ponte entre o passado e o futuro. O sentimento religioso é a seiva vital desta nação, tão afeiçoada às suas raízes. “A cruz plantada no solo, além de nos convidar a nos enraizarmos bem, ergue e estende os seus braços a todos: exorta a manter firmes as raízes, mas sem entrincheiramentos; a beber nas fontes, abrindo-nos aos sedentos do nosso tempo. O meu desejo é que vocês sejam assim: alicerçados e abertos, enraizados e respeitadores”, acrescentou. A «Cruz da Missão» é o símbolo deste Congresso: que os leve a anunciar, com a vida, o Evangelho libertador da ternura sem limites de Deus por cada um. Na atual carestia de amor, é o alimento que o homem espera.
Ainda falando da cruz, Francisco lembrou de dois cristãos beatificados hoje na Polônia o cardeal Estêvão Wyszyński e Isabel Czacka, e concluiu pedindo a Nossa Senhora pelo povo Húngaro:
Duas figuras que conheceram de perto a cruz: o Primaz da Polônia, preso e segregado, manteve-se sempre um pastor corajoso segundo o coração de Cristo, arauto da liberdade e da dignidade humana; a Irmã Isabel, que perdeu a visão muito jovem, dedicou toda a sua vida a ajudar os cegos. Que o exemplo dos novos Beatos nos estimule a transformar as trevas em luz, com a força do amor.