Bênção Urbi Et Orbi, 09/04/2023


Urbi et Orbi, com Papa Francisco

“Deixemo-nos surpreender pelo feliz anúncio da Páscoa, pela luz que ilumina a escuridão em que muitas vezes o mundo se encontra envolvido.

[Renata Neli, 09/04/2023 – Redação CatolicaWeb] Em ocasião da Celebração da Páscoa, a oração do Ângelus dá lugar à bênção Urbi et Orbi, que significa “À cidade e ao Mundo”. Esta bênção ocorre também na celebração do Natal.

Neste dia especial, nosso Pontífice nos leva a refletir sobre a Ressurreição de Jesus – a passagem para uma vida de graça e esperança.

No início de seu discurso, o Pontífice nos pede que nos apressemos em ir ao encontro do Cristo, com os corações abertos ao amor.

Queridos irmãos e irmãs, Cristo ressuscitou! Hoje proclamamos que Ele, o Senhor da nossa vida, é ‘a ressurreição e a vida’ do mundo (cf. Jo 11, 25). É a Páscoa, que significa ‘passagem’, porque em Jesus se realizou a passagem decisiva da humanidade: da morte à vida, do pecado à graça, do medo à confiança, da desolação à comunhão. Nele, Senhor do tempo e da história, gostaria de dizer a todos, com alegria no coração: Feliz Páscoa!

Papa Francisco nos convida à alegria em celebrar a Páscoa do Senhor, na certeza da sua ressurreição:

Que seja para cada um de vós, queridos irmãos e irmãs, especialmente para os doentes e pobres, para os idosos e para quantos atravessam momentos de prova e fadiga, uma passagem da tribulação à consolação. Não estamos sozinhos: Jesus, o Vivo, está conosco para sempre. Alegrem-se a Igreja e o mundo, porque hoje as nossas esperanças já não se chocam contra o muro da morte, mas o Senhor abriu-nos uma ponte para a vida. Sim, irmãos, na Páscoa o destino do mundo mudou e hoje, (que também coincide com a data mais provável da ressurreição de Cristo), podemos nos alegrar em celebrar, por pura graça, o dia mais importante e belo da história.

Papa Francisco nos pede pressa. A boa pressa, que nos leva a trilhar o caminho que leva ao Cristo, um caminho de dialogo, fraternidade, paz, e um olhar para os mais necessitados. Assim nos diz nosso Pontífice:

Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente, como se proclama nas Igrejas do Oriente: Christòs anesti! Isso realmente nos diz que a esperança não é uma ilusão, é a verdade! E que o caminho da humanidade a partir da Páscoa, marcado pela esperança, prossiga mais rapidamente. As primeiras testemunhas da Ressurreição mostram-no com o seu exemplo. Os Evangelhos narram a boa pressa com que no dia de Páscoa ‘as mulheres correram a anunciá-lo aos discípulos’. Em suma, na Páscoa, o caminho se acelera e se torna uma corrida, porque a humanidade vê a meta do seu caminho, o sentido do seu destino, Jesus Cristo, e é chamada a correr para Ele, a esperança do mundo.

Apressemo-nos também a crescer no caminho da confiança recíproca: a confiança entre as pessoas, entre os povos e as nações. Deixemo-nos surpreender pelo feliz anúncio da Páscoa, pela luz que ilumina a escuridão em que muitas vezes o mundo se encontra envolvido.

Apressemo-nos a superar os conflitos e as divisões e a abrir o coração aos mais necessitados. Apressemo-nos a trilhar caminhos de paz e fraternidade. Alegramo-nos com os sinais concretos de esperança que nos chegam de tantos países, a começar por aqueles que oferecem assistência e hospitalidade aos que fogem da guerra e da pobreza.

Nosso Pontífice nos pede que superemos os obstáculos do caminho com os corações abertos:

Ao longo do caminho, porém, ainda existem muitos obstáculos, que torna árdua e fadigosa nossa corrida rumo ao Ressuscitado. Dirigimos a ele nosso apelo: ajude-nos a correr em sua direção! Ajude-nos a abrir nossos corações!

Em suas orações nosso Pontífice, pede pela paz, pelo fim dos conflitos entre povos e nações, pelo fim das guerras, para que haja dialogo entre as nações envolvidas, pelas famílias vítimas das guerras, conflitos, atos terroristas, e desastres como dos terremotos, pelo povo que sofre por não poder professar livremente a sua fé, e pede também pelos mais necessitados e discriminados.

Conforte os refugiados, deportados, presos políticos e migrantes, especialmente os mais vulneráveis, bem como todos aqueles que sofrem com a fome, a pobreza e os efeitos nocivos do narcotráfico, do tráfico de pessoas e de todas as formas de escravidão. Inspira, Senhor, os líderes das nações, para que nenhum homem ou mulher seja discriminado e sua dignidade seja pisoteada; para que, no pleno respeito dos direitos humanos e da democracia, estas feridas sociais sejam curadas, o bem comum dos cidadãos seja sempre e apenas procurado, a segurança e as condições necessárias para o diálogo e a convivência pacífica sejam garantidas.

O Papa encerra nos deixando a mensagem da certeza que Cristo Ressuscitou e com isso nossas esperanças são renovadas, pois Ele é nossa esperança.

Irmãos, irmãs, redescobrimos também nós o gosto do caminho, aceleramos o pulsar da esperança, saboreamos a beleza do Céu! Hoje haurimos as energias para seguir em frente no bom encontro com o Bem que não desilude. E se, como escreveu um antigo Padre, ‘o maior pecado é não acreditar nas energias da Ressurreição’ (Santo Isaac de Nínive, Sermones ascetici, I,5), hoje cremos: ‘Sim, temos a certeza: Cristo ressuscitou verdadeiramente’ (Sequência). Cremos em vós, Senhor Jesus, cremos que convosco renasce a esperança, a caminhada continua. Tu, Senhor da vida, encoraja as nossas caminhadas e repete também a nós, como aos discípulos na noite de Páscoa: ‘A paz esteja convosco!’ (Jo 20,19.21).

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