Bispo, doutor da Igreja e filho de Santa Mônica
Hoje celebramos com muito entusiasmo a memória de Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja. Agostinho é filho de Santa Mônica, cuja memória celebramos ontem. Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, hoje região da Argélia, norte da África, em 354. Teve uma juventude agitada pelas paixões e desvios doutrinais.
Agostinho era um jovem muito inteligente, depois dos desmandos da juventude, procurou a verdade e a redenção de seu espírito irrequieto através das filosofias, mas não encontrou. Deixou a cidade de Cartago e foi para Roma e em seguida para Milão. Aí, se converteu através das pregações de Santo Ambrósio.
Recebe a instrução e é batizado por Santo Ambrósio, na Páscoa de 387. Tinha então, trinta e três anos de idade. Com ele também foi batizado seu filho Adeodato. Decidiu então voltar para sua pátria. Na África, com alguns amigos, iniciou uma vida comunitária, entregue à meditação, aos estudos da Bíblia, à oração e obras de caridade. Foi ordenado sacerdote e, pouco depois, com a morte do bispo, Agostinho foi aclamado pelo povo como bispo de Hipona. Governou a Diocese por 34 anos, revelou-se um bispo dedicado, vigilante, iluminado, pai dos pobres, mestre de espiritualidade, escritor fecundo em todos os assuntos teológicos.
Ele foi definido o mais profundo pensador entre os escritos do mundo antigo. Sua linguagem apaixonada, expressiva e pessoal, seduz, convence, comove. Seu pensamento iluminou quase todos os pensadores dos séculos posteriores. Entre suas obras imortais, emerge sua autobiografia Confissões e A Cidade de Deus. Se pudéssemos falar desse homem a vida inteira, ainda não chegaríamos a revelar a profundidade e extensão de sua obra.
Santo Agostinho morreu aos 28 de agosto do ano 430 com 76 anos de idade, amargurado ao ver os bárbaros sitiarem sua cidade episcopal. Santo Agostinho inspirou toda a história da Teologia e da espiritualidade. Como ele, cada um de nós é herdeiro de um passado e semente de um futuro novo.