“O Espírito Paráclito é nosso advogado e nos defende”
[Renata Neli, 14/05/2023 – Redação CatolicaWeb] Neste VI Domingo da Páscoa, nosso Pontífice nos fala do evangelho do dia, diante de todos os presentes, fieis e peregrinos na Praça São Pedro: O Espírito Santo como centro da Palavra, que nos leva a refletir sobre sua proximidade conosco e sua ajuda contra aqueles que nos acusam.
O Espírito Santo sempre está conosco, nunca nos abandona, sempre está presente em nossas vidas e nossos dias. Assim nos diz o Papa:
“A sua proximidade: o Espírito Santo, diz Jesus, ‘permanece convosco e está em vós’ (cf. v. 17). Nunca nos abandona. O Espírito Santo quer estar conosco: não é um hóspede de passagem que vem nos fazer uma visita de cortesia. Ele é um parceiro de vida, uma presença estável, ele é Espírito e deseja habitar em nosso espírito. Ele é paciente e permanece conosco mesmo quando caímos. Ele fica porque nos ama de verdade: não finge que nos ama e depois nos deixa sozinhos em nossas dificuldades. Não, é leal, é transparente, é autêntico.“
Conforme as palavras do Pontífice, o Espírito Santo é amigo verdadeiro e fiel, nos aconselha nos corrige não nos abandona, mas sempre com o verdadeiro amor:
“Com efeito, se nos encontramos em provação, o Espírito Santo consola-nos, trazendo-nos o perdão e a força de Deus, e quando nos confronta com os nossos erros e nos corrige, fá-lo com bondade: na sua voz que fala ao coração há sempre a marca da ternura e o calor do amor. Certamente, o Espírito Paráclito é exigente, porque é um amigo verdadeiro, fiel, que não esconde nada, que nos sugere o que mudar e como crescer. Mas quando ele nos corrige nunca nos humilha e nunca inspira desconfiança; pelo contrário, dá-nos a certeza de que podemos sempre fazê-lo com Deus. Esta é a sua proximidade. É uma certeza linda!“
O Espírito Paraclito é nosso defensor diante daqueles que nos acusam e ofendem. Mas também nos defende de nós mesmos quando perdemos o amor próprio e a confiança em nós. Assim diz o Papa:
“Segundo aspecto, o Espírito Paráclito é nosso advogado e nos defende. Ele nos defende diante de quem nos acusa: diante de nós mesmos, quando não nos amamos e não nos perdoamos, a ponto de dizermos a nós mesmos que somos falhos e não prestamos para nada; enfrentar o mundo, que descarta aqueles que não correspondem aos seus esquemas e modelos; diante do diabo, que é o ‘acusador’ e divisor por excelência (cf. Ap 12,10) e faz de tudo para nos sentirmos incapazes e infelizes.“
O Espírito nos lembra sempre a Palavra, e nos recorda o que é a realidade mais importante da vida que é o amor de Deus por nos, diz o Papa:
“Diante de todos esses pensamentos acusadores, o Espírito Santo sugere como responder. Como? O Paráclito, diz Jesus, é aquele que ‘nos recorda tudo o que Jesus nos disse’ (cf. Jo 14, 26). Ele, portanto, nos lembra as palavras do Evangelho, e assim nos permite responder ao demônio acusador não com nossas próprias palavras, mas com as próprias palavras do Senhor. Acima de tudo, recorda-nos que Jesus sempre falou do Pai que está nos céus, no-lo deu a conhecer e revelou o seu amor por nós, que somos seus filhos. Se invocamos o Espírito, aprendemos a acolher e a recordar a realidade mais importante da vida, que nos protege das acusações do mal. E o que é essa realidade mais importante que a vida? Que somos filhos amados de Deus, somos filhos amados de Deus: esta é a realidade mais importante, e o Espírito nos lembra disso.”
Nosso Pontífice encerra nos convidando a refletir sobre nossa relação diária com o Espirito Santo. Nos questiona se o invocamos, se o escutamos em nossos corações, se lembramos que somos amados por Deus:
“Irmãos e irmãs, perguntemo-nos hoje: invocamos o Espírito Santo, rezamos com frequência? Não esqueçamos Aquele que está perto de nós, aliás, dentro de nós! E então, ouvimos a sua voz, tanto quando nos encoraja como quando nos corrige? Respondemos com as palavras de Jesus às acusações do mal, aos ‘tribunais’ da vida? Lembramos que somos filhos amados de Deus? Maria torna-nos dóceis à voz do Espírito Santo e sensíveis à sua presença.“
Depois do Regina Coeli
Após a oração, nosso Pontífice fala dos confrontos entre israelenses e palestinos, e da atual trégua estabelecida:
“Queridos irmãos e irmãs, nos últimos dias testemunhamos mais uma vez confrontos armados entre israelenses e palestinos, nos quais pessoas inocentes perderam a vida, incluindo mulheres e crianças. Espero que a trégua que acaba de ser alcançada se torne estável, que as armas se calem, porque com as armas a segurança e a estabilidade nunca serão alcançadas, mas, pelo contrário, até mesmo qualquer esperança de paz continuará a ser destruída.“
O Papa saudou a todos os presentes, fieis, peregrinos, comunidades, autoridades, grupos e congregações. Também enviou uma mensagem especial às mães e um pedido a Mãe de Jesus.
“Hoje em muitos países comemoramos o Dia das Mães; recordamos com gratidão e carinho todas as mães, as que ainda estão conosco e as que já foram para o céu. Confiemo-los a Maria, a mãe de Jesus, e um forte aplauso!“
“Dirigimo-nos a ti pedindo-te que alivies o sofrimento da martirizada Ucrânia e de todas as nações feridas pelas guerras e pela violência. Desejo a todos um bom domingo. E saúdo os meninos da Imaculada Conceição, que são bons.“