O método para nos tornar íntimos de Deus e de Maria.

A oração do Santo Rosário deve ser a forma mais popular de como podemos rezar, refletir sobre a vida de Jesus e nos aproximar Dele e de Nossa Senhora.

É muito interessante o formato de cada terço com seus respectivos Mistérios. Eu gosto de pensar como uma linha do tempo (e acredito que isso foi proposital na sua idealização), primeiro temos os Mistérios Gozosos, depois os Luminosos, Dolorosos e, por fim, os Gloriosos.

Também há a divisão dos terços pela semana, onde em cada dia é rezado um terço específico e temos a seguinte ordem:

  • Domingo: Gloriosos
  • Segunda-feira: Gozosos
  • Terça-feira: Dolorosos
  • Quarta-feira: Gloriosos
  • Quinta-feira: Luminosos
  • Sexta-feira: Dolorosos
  • Sábado: Gozosos

Vendo a distribuição pelos dias da semana, compreendemos também como a Igreja nos convida a refletir sobre a Vida do Senhor.

Domingo, sendo “o Dia do Senhor”, e quarta-feira rezamos os Mistérios Gloriosos, os quais recordamos a Ressurreição de Jesus, Sua Ascenção ao Céu, a Vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos juntos com Maria, a assunção de Maria ao Céu e Sua coroação como Rainha do Céu.

Na segunda-feira e no sábado, iniciamos com os Mistérios Gozosos e temos o começo da Vida de Jesus aqui nesta terra desde sua concepção, isto é, recordamos o Anúncio do Arcanjo Gabriel, a visita de Maria à Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, Sua apresentação e a perda e o encontro no templo.

Na terça-feira e sexta-feira, temos os Mistérios Dolorosos, recordando o Martírio de Jesus nas mãos dos Judeus e Romanos (e nossas também.), começando pela agonia no Getsemani, flagelação, coroação de espinhos, subida do Calvário e, por fim, a sua crucificação e morte.

Na quinta-feira eram rezados os Mistérios Gozosos, mas, por inspiração do Espírito Santo, São João Paulo II recomendou mais um terço contemplando os Mistérios Luminosos, que constituem o “espaço” entre os Mistérios Gozosos e Dolorosos. Os Mistérios Luminosos fazem a ligação que faltava entre a infância de Jesus e a Sua derradeira Missão e começamos com o Batismo de Jesus no rio Jordão, o Milagre das Bodas de Caná e Sua Autorrevelação como Deus, o anúncio do Reino de Deus, a Transfiguração no monte Tabor e a Instituição da Santíssima Eucaristia.

Deste modo, atribuímos reflexões sobre os principais momentos da vida do Senhor durante nossa semana. Somos convidados a “passear” pela vida do Senhor e observar as ações dos envolvidos durante este percurso.

É como “se colocar em cena”, isto é, vivenciar aquele momento e observar seus detalhes. Por exemplo, no anúncio do Arcanjo Gabriel, recordamos sua saudação, a resposta de Maria, o entendimento de que Deus proporcionou e proporciona Graças incontáveis a Maria e sua humilde resposta ao pedido do Senhor.

Se em cada Mistério refletirmos um pouco, vamos encontrar o “roteiro da História da Salvação”, vamos ir compreendendo pouco a pouco, mas nunca em sua totalidade, que Deus, em seu Infinito Amor, nos Ama muito e quer nos dar a Sua Salvação, isto é, Ele quer dar-se na Pessoa de Jesus por meio de sua vida na terra, da Eucaristia, Paixão, Ressurreição e na Pessoa do Espírito Santo que move a Igreja desde Sua Vinda naquele cenáculo.

Não somente teremos este “roteiro”, mas sim uma intimidade com Deus e com Maria, pois vamos pouco a pouco compreendendo, não em sua totalidade novamente, que a Salvação se tornou possível através da Ação Divina da Santíssima Trindade e pelo “Sim” de Maria. Vemos que Maria esteve presente em quase todos os Mistérios que rezamos durante o Rosário, pois Ela é quem soube como ninguém aceitar a Salvação de Deus Pai, isto é, soube acolher dentro de si, pela Ação do Espírito Santo, Deus Filho.

Que possamos rezar com atenção e devida reflexão as orações do Santo Rosário. Que possamos rezar ao menos o terço todos os dias. Que possamos nos esforçar mais para rezar o Rosário todos os dias. Que possamos difundir cada vez mais esta devoção a fim de cativar e apresentar este “roteiro da História da Salvação” a mais pessoas. Que possamos criar uma intimidade com Deus e com Maria. Que possamos rezar por todos aqueles que Maria nos pede.

De um católico qualquer,
Gabriel Bondioli Piterutti


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